Todos nós queremos ter relacionamentos frutuosos e bem-sucedidos. E, para isso, estamos sempre em busca de respostas e da chave certa para acertar.
O que poucos entendem é que esta chave chama-se diálogo.
Quando nos damos conta disso e procuramos fazer este exercício diário, consequentemente, vamos encontrando os caminhos…
Quem disse que se relacionar com outro é algo fácil?
É sabido que se relacionar com outra pessoa é algo complexo, pois envolve se abrir ao outro e entender que estamos lidando com alguém diferente de nós. Alguém que, em algumas situações, vai enxergar a vida de uma forma diferente e isso é bom, é saudável, pois traz complementação.
Quantos casais vão se distanciando um do outro, dia após dia, por acreditarem que, como pensam diferente, é melhor cada qual ficar quieto no seu canto e ir vivendo. Em prol de uma falsa paz, preferem ficar calados e não dizer o que realmente estão sentindo um para o outro.
No entanto, isso é um tremendo erro, pois a ausência de diálogo sincero vai minando a relação.
Se não me abro ao outro e digo o que estou sentindo ou se fiquei chateado (a) em determinada situação, como posso querer que o outro entenda e, até mesmo, mude.
Graças a Deus, não temos bola de cristal e nem, tampouco, podemos ler mentes; então, para que a relação cresça, amadureça e dê frutos é preciso ir ao encontro do outro e, claro, de forma gentil, sem ofender ou atacar..
O que significa dialogar?
Quando falamos e expressamos o que estamos sentindo, nos abrimos a chegar num acordo, num ponto comum.
Isso significa olhar também o ponto de vista do outro…não podemos querer que as coisas sejam sempre do nosso jeito. Dialogar de acordo com o Dicionário Aurélio significa “Travar ou manter entendimento (duas ou mais pessoas, grupos, entidades, etc.) com vista à solução de problemas comuns; entender-se, comunicar-se”.
Como podemos perceber, dialogar significa o encontro de duas ou mais percepções, de pontos de vista que se aliam para chegar num local comum. Não é só falar…é ouvir o outro também.
Temos de ter sempre em mente que ninguém é possuidor da verdade absoluta; há sempre dois lados da verdade: o lado de quem se expressa e o lado de quem inicialmente ouve.
Quando vivenciamos, sentimos ou falamos algo, trazemos juntamente conosco nossa história familiar e de vida, nosso contexto de mundo e tudo aquilo que já vivemos neste sentido e isso desemboca nas atitudes que tomamos.
Somos resultado de diferentes experiências que vivemos…
Lembro-me de uma vez ter ouvido um relato sobre um casal recém-casado que estava decidido a se divorciar. O motivo? Logo, você vai entender.
A discussão envolvia o fato de que um não concordava com a forma que o outro guardava a escova de dentes. Cada um achava que o seu jeito era o certo e reprovava o do outro.
Ela via aquilo se repetir dia após dia, não concordava e modificava para o seu jeito. Ele, por sua vez, notava o que ela havia feito e voltava para a forma como estava antes e dentro de si falava: que mulher implicante!
Isso ia se repetindo e ninguém falava nada. Da mesma forma que lidavam com a escova de dentes, lidavam também com outras pequenas situações no comportamento um do outro que lhes incomodava, mas o que não entendiam é que…
Um dia, o vulcão entra em erupção…
A rotina de sentimentos varridos para debaixo do tapete só ia continuando; até que um dia, motivados por outra situação, eles tiveram uma discussão feia e a esposa acabou falando da escova, dizendo que ele fazia tudo errado.
Como podemos ver, ela tomou aquele comportamento do esposo como errado e, pior ainda, como um medidor de todas as suas atitudes.
Felizmente, depois de muito discutir e após esfriarem a cabeça, eles pararam pra conversar, dialogar e perceber o que estava motivando aquela discussão toda.
Ao conversarem, puderam expor o que estavam sentindo e viram que os dois são diferentes e que cada um deve ser livre para agir do seu jeito.
O que fazer para acertar então?
Devemos sempre respeitar o outro, pois não é por que o outro não faz as coisas do nosso jeito que isso significa que esteja errado. Não somos clones um do outro.
Cada qual tem a sua individualidade e é isso que nos aproxima. Aí está a beleza da relação; ou seja, quando há o encontro do diferente.
Entretanto, só conseguimos perceber e viver isso quando nos prontificamos a falar, abrir o coração para o outro. Uma relação sem diálogo tende a ruir mais dia menos dia, pois a comunicação sem imposições é a base essencial de toda relação.
Sendo assim, façamos o exercício do diálogo, um degrau de cada vez, e veremos as nossas relações darem frutos cem por um.
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